“Mama mia” -infomações sobre a saúde de sua mama

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Com o progresso da medicina, felizmente hoje se é possível diagnosticar mais facilmente doenças da mama e principalmente tratá-las com sucesso.

Existem diversos tipos de nódulos mamários, cistos, e outras alterações, que podem tanto ser benignas quanto malignas. Por isso o mais importante é que, além dos exames preventivos periódicos da mama, que devem ser realizados uma vez ao ano, sempre que se notar qualquer diferença na região dos seios, até mesmo um pequeno carocinho, a mulher se dirija a um ginecologista para que sejam realizados os exames necessários (ultrassom, mamografia, biópsia, etc) para se chegar ao diagnóstico correto e se efetuar a terapia adequada.

Nódulos benignos

A maioria dos tumores de mama é benigna, ou seja, são crescimentos de células que não se espalham pelo organismo e não ameaçam a vida da mulher. Mas só um médico pode dizer a diferença. A maioria dos nódulos (ou caroços) nas mamas são cistos, que contêm líquido.

Existem diferentes tipos de nódulos benignos que variam conforme o tecido da qual são constituídos. Dentre eles podemos citar o fibroadenoma, o tumor filóide (tumores mistos) e o papiloma e adenoma (epiteliais).
Também existem outros tumores benignos localizados na mama, mas estes não são considerados próprios da mama pois apresentam freqüência igual em outras localizações, dentre eles, temos o lipoma (nódulo de gordura), fibroadenolipoma também chamado hamartoma, neurofibroma entre outros.

Fibroadenoma Mamário

O fibroadenoma é o nódulo de mama mais comum e acomete mulheres jovens entre 15 a 30 anos. Apresenta-se como nódulo indolor, de superfície regular ou bocelada, móvel, pode ser múltiplo e bilateral, a impressão na palpação é de uma “bolinha” na mama, costuma ter crescimento limitado, estimulado pelo próprio hormônio feminino (estrogênio), geralmente até 2 cm quando se estabilizam e, podem sofrer involução principalmente após a menopausa. Por isso , freqüentemente, é percebido pela própria paciente que quando procura o médico , diante desse aspecto clínico, faz o diagnóstico.

A complementação do diagnóstico se faz com a ultra-sonografia e, a depender da idade, com a mamografia. Quando os exames de imagem apresentam características suspeitas, o próximo passo diagnóstico é para se confirmar se o nódulo é mesmo benigno é a biópsia aspirativa.

Mamografia e Ultrassom

Mamografia e Ultrassom

Punção biópsia aspirativa (PBA)

A punção biópsia aspirativa (PBA) é um método simples e quase isento de complicações e de grande valor para o diagnóstico das doenças mamárias. Este método pode ser realizado adequadamente por ginecologistas gerais.

A punção consiste na introdução de uma agulha fina no interior do nódulo que traz uma amostra de células para análise.

Agulha para a biópsia aspirativa

Agulha para a biópsia aspirativa

Biopsia aspirativa de mama

Biopsia aspirativa de mama

O tríplice diagnóstico consiste na associação do exame clínico, ultra-sonografia e/ou mamografia e da citologia, com todos estes métodos indicando benignidade, o diagnóstico de neoplasia benigna se faz em praticamente 100% dos casos. Sempre que houver discordância de um dos três métodos deve-se prosseguir a investigação da lesão.

Câncer de Mama

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, com exceção do câncer de pele. Nos Estados Unidos, as estimativas são de cerca de 213 mil novos casos este ano com 41 mil mortes. Lá ele é a segunda causa de morte por câncer entre mulheres, ficando atrás do câncer de pulmão.

No Brasil, ele é a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres.

O câncer de mama de desenvolve quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas.

Tipos de câncer de mama

a. Carcinoma in situ: é o termo usado para o câncer em estágio inicial, que está restrito ao local onde teve início, lóbulo ou ducto, e não atingiu nem os tecidos gordurosos próximos nem outros órgãos.

b. Carcinoma ductal in situ: é o tipo mais comum de câncer de mama não-invasivo, está confinado aos ductos, não se espalhou através das paredes dos ductos e não atingiu o tecido gorduroso. Praticamente todas as mulheres com tumores neste estágio podem ser curadas.

c. Carcinoma lobular in situ: é o câncer que começa nas glândulas produtoras de leite (lóbulos) e permanece restrito a elas, sem atravessar a parede dos lóbulos.

d. Carcinoma ductal infiltrante ou invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama e é responsável por 80% dos casos da doença. Ele começa nos ductos, atravessa sua parede e invade o tecido adiposo (gorduroso) da mama, de onde pode se espalhar para outras partes do corpo.

e. Carcinoma lobular infiltrante ou invasivo: ele começa nas glândulas que produzem leite ou lóbulos e pode se espalhar para outras partes do corpo. Ele é responsável por 10% dos cânceres de mama invasivos.

Fatores de Risco

A história familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama.

Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.

A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
Recomendações (com base no Consenso Nacional para Prevenção e Tratamento do Câncer de Mama)


Auto-Exame das mamas:

Devem ser desenvolvidas ações de educação para a saúde que contemplem o
conhecimento do corpo, incluindo o exame das mamas realizado periodicamente pela própria mulher (auto-exame).

Auto-exame da mama

Auto-exame da mama

Deve-se destacar que o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde treinado para esta atividade.

Exame Clínico:

O exame clínico das mamas deve fazer parte do atendimento integral à mulher em todas as faixas etárias; e para mulheres com 40 anos ou mais o exame clínico das mamas deve ser realizado anualmente.

Mamografia:

Mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos de idade devem ser submetidas a rastreamento mamográfico pelo menos a cada dois anos.

As mulheres submetidas ao rastreamento devem ter garantido o acesso aos exames de diagnóstico, ao tratamento e ao seguimento das alterações encontradas.

mamografia

Mulheres com Risco elevado:

Mulheres com risco elevado para o câncer de mama devem ser submetidas ao exame clínico das mamas e à mamografia anualmente, a partir dos 35 anos de idade.

Para maiores informações, consulte seu ginecologista.

Páginas úteis:

http://www.inca.gov.br

http://www.accamargo.org.br

http://www.sbmastologia.com.br

Este artigo foi publicado na segunda-feira, 28/12/2009 às 9:03 na categoria Orientações médicas.

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