Novas armas no tratamento do câncer: nanopartículas
Pesquisadores americanos afirmam ter descoberto uma forma de usar as nanopartículas no tratamento de cancer.
Nanopartículas não são mais do que minúsculas partículas, podendo existir sob variadas formas: tubos, conchas, etc. Elas também compartilham um prefixo comum: nano, deixando transparecer seu tamanho, um bilionésimo de metro.
Setas: Tumor Cerebral
Hoje, os cientistas que estudam o câncer, em suas diversas formas, estão explorando o potencial dessas nanoestruturas para alvejar com precisão células cancerosas, sem danificar o tecido à sua volta, além de diagnosticar a formação de tumores muito antes que eles tenham a chance de se transformar em uma ameaça à vida. Por exemplo, o tratamento de glioblastomas, um tumor cerebral de dificil tratamento, apresentou bons resultados em animais, e agora ja esta sendo testado em humanos.
Durante a conferência “Avanços na Nanotecnologia para o Diagnóstico e Tratamento de Câncer”, realizada recentemente nos Estados Unidos, vários desses estudos foram apresentados:
Nanoconchas, cheias de partículas de ouro, destroem células tumorais quando aquecidas com a luz de um raio laser. E mais, essas nanoconchas interagem com a luz de forma específica, podendo ser “configuradas” para destruir sob a ação de comprimentos de onda específicos, apenas alterando-se seu conteúdo e o formato da própria concha.
Uma nanopartícula, combinada com hormônios e um peptídeo mortal para as células, está sendo testada para “fotografar”, alvejar e destruir células primárias e metastáticas do câncer de mama.
Um novo tipo de “nanocomplexo”, consistindo de um liposomo microscópio, à base de lipídios (gorduras), e um anticorpo, juntamente com terapia genética, está entrando na fase de estudos clínicos, em um enfoque que, os cientistas esperam, poderá tanto detectar quanto alvejar e destruir células cancerosas metastáticas.
Um nanotubo, combinado com anticorpos monoclonais, detecta células cancerosas, com o potencial de se transformar em uma alternativa barata para diagnosticar se células são cancerosas ou não, em matéria de minutos, e não mais de horas ou dias, como os métodos atuais.
Fonte: VDE, 22. Agosto 2009
Este artigo foi publicado na sábado, 29/08/2009 às 8:47 na categoria Orientações médicas.